La noche de los museos

No último sábado, 12 de novembro, Buenos Aires foi palco da 8ª edição da Noche de los Museos.

Nessa data,  174 museus e espaços culturais permaneceram abertos ao público, entre 20:00 e 03:00hs, com entrada gratuita.

O evento, que é um dos mais importantes do ano na Capital Federal, contou com a participação de cerca de 650.000 pessoas.
Apesar de ser super interessante, é necessária uma boa dose de paciência e disposição para aguentar a maratona, pois os ônibus passam lotados e o museus mais importantes têm filas imensas. A fila no MALBA era algo impressionante, de fazer inveja a muito show de rock.

Minha experiência se concentrou na Recoleta, que provavelmente era o lugar mais lotado, já que possui muitos muitos museus e espaços de arte relativamente perto.
O que mais valeu a pena foi o conjunto de obras expostas no Centro Cultural, que fica ali grudado no Hard Rock Café.

De tudo o que vi, destaco totalmente, o trabalho da  pintora Carla Peria, que ainda está expondo a coleção: "A cada chancho le llega su San Martín".

O Subte de Buenos Aires

A minha dica nº 1 para quem vai visitar Buenos Aires sempre é: compre uma GUIA T o mais rápido possível!! Essa guia é uma revistinha de bolso que contém todos os mapas da cidade, incluindo os meios de transporte e suas respectivas rotas.

O melhor meio de se locomover é através do subte (metrô). Além de ser muito barato, é também mais rápido. Para percorrer uma linha inteira são necessários apenas 25 minutos.

Todas as linhas do subte convergem no Microcentro, perto da Catedral e das casas de câmbio da Av. San Martin. Talvez a principal delas seja a línea D, que faz o percurso Nuñez - Centro, passando pelos bairros mais phynos e turísticos da cidade, como Palermo e Recoleta. (a línea D cobre quase toda Av. Cabildo e Sta. Fé)

Outras linhas úteis aos turistas são a B e a C. A línea B faz a cobertura da Av. Corrientes, partindo do Parque Chas (est. de los Incas), passando pelo Cemitério da Chacarita, Caballito, Abasto, Once até terminar no Centro (est. L. N. Alem). Nota-se que esta última estação é a que está mais próxima do Buquebus.

Já a línea C faz o percurso Retiro - Constitución. A estação do Retiro é a mesma de onde partem os trens para o norte da Província (ex: Tigre) e fica ao lado da Rodoviária de Buenos Aires.
Essa linha é a melhor opção para se chegar a San Telmo, pois ela cruza o Centro no sentido Norte-Sul, passando por San Nicolás e Monserrat até chegar à Constitución.
Nota-se que é desta mesma est. de Constitución de onde saem os trens para o Sul da Província de Buenos Aires, como por exemplo, para Mar del Plata.
Os que gostam de curiosidades devem "visitar" a línea A, que foi a primeira a ser construída e ainda conserva os vagões originais (de 1913), feitos em madeira. Ela cobre a Av. de Mayo e a Rivadavia.

A passagem do subte custa apenas Ar$ 1,10. Portanto, além de economizar uma graninha, você ainda se livra do risco de cair num golpe.


A Metrovias disponibilizou um mapa que pode ser descarregado neste link.

Top-Top: Recoleta

Seguindo o formato do post sobre Palermo, chegou a vez de fazer um resumão com o melhor da Recoleta, que apesar de ser um bairro primordialmente residencial, aglomera alguns dos principais pontos turísticos de Buenos Aires, com a vantagem de que tudo fica muito perto!

Pontos Turísticos: O combo da Plaza Francia (do qual já falamos aqui) é imbatível. Durante os finais de semana o lugar fica lotado graças à feira de artesanato hippie cool, que divide espaço com músicos e outros artistas de rua. Além disso, a Plaza Francia também abriga o Hard Rock Café, a galeria Buenos Aires Design e o famoso Cemitério da Recoleta, onde Evita foi sepultada.

Atravessando a rua, ao lado da Faculdad de Derecho, você ainda encontra a famosa Floralis Generica, aka Flor da Recoleta, um dos mais importantes cartões postais de Buenos Aires.

Cultura: Em frente à Plaza Francia, está localizado o Museo Nacional de Bellas Artes, certamente o mais importante da cidade, com sua coleção de mais de 12 mil peças, dentre elas, obras dos grandes mestres da pintura, como: Monet, Modigliani, Van Gogh, Chagall, etc.

Para quem é amante de livros (ou não), um dos principais lugares para se visitar é a Livraria El Ateneo, com sede na Av. Sta. Fé 1860, onde costumava funcionar o Teatro Grand Splendid. A boa conservação do edifício e a riqueza da decoração lhe renderam o 2º lugar na pesquisa do The Guardian sobre as livrarias mais bonitas do mundo.

made in imagens do google

Compras:
Galeria BondStreet - localizada na Av. Sta Fé 1670, é a favorita dos emos, miguxos e alternativos. Além das lojas diferentonas, a galeria ainda abriga os estúdios dos melhores tatuadores de Buenos Aires.

Av. Sta Fé - entre Pueyrredón e Callao! Como uma das principais avenidas da cidade, é óbvio que a Sta Fé possui uma infinidade de lojas interessantes, mas é neste trecho (coberto pela línea D do subte) que se concentra o que há de mais interessante em termos consumistas.

Bon Voyage!

Museo Nacional de Bellas Artes

Localizado na Avenida del Libertador nº 1473, o MNBA foi o primeiro museu nacional argentino e até hoje é o mais importante de Buenos Aires.

São mais de 12 mil peças, dentre quadros, esculturas e móveis antigos. O acervo permanente do museu conta com obras do século X ao XX, com destaque total para os grandes nomes da pintura ocidental, como: Monet, Cézanne, Renoir, Degas, Gauguin, Manet, Pollock, Toulouse Lautrec, entre outros.

Modigliani e Van Gogh

O horário de funcionamento é de 12:30 a 20:30 de terça à sexta e de 09:30 a 20:30 aos sábados, domingos e feriados. A entrada é gratuita. E ainda são oferecidas visitas guiadas, normalmente entre 17 e 19hs.

O MNBA possui uma biblioteca própria, que fica aberta de terça à sábado e ainda oferece cursos e palestras ligados às artes plásticas.

A maneira mais prática de chegar até o museu é de ônibus. Nota-se que ele está localizado num dos pontos turísticos mais importantes da cidade, em frente à Plaza Francia, como já foi dito aqui.

Top Pontos Turísticos: Plaza Francia e derivados

A Plaza Francia é o lugar mais indispensável do roteiro de viagem, simplesmente por ser um super combo turístico.

Nos finais de semana há uma feira de artesanato muito bacana, com um ar meio hipponga chic. Sempre tem algum músico ou malabarista encrementando o cenário.
A Plaza em si não é grande, são os agregados que ocupam a maior parte do espaço. O grande destaque é o cemitério da Recoleta [quem.curte], onde Evita foi sepultada.
Além disso, os restaurantes, pubs e cafés que ficam em frente ao cemitério são super charmosos e atraem muitos turistas. Alguns se 'transformam' em boliche nos finais de semana. Os preços não são os mais amigos da cidade, mas não importa, porque o Freddo também tem o seu espaço ali e não há nada melhor do que se empanturrar de sorvete made in Freddo!@_@
O Hard Rock Café também está localizado na Plaza Francia, assim como a galeria Buenos Aires Design, especializada em arte e decoração num estilo mais modernoso (amo os quadros em pop art).

Em frente fica o Museu Nacional de Bellas Artes. É o melhor de todos e é enorme, visite sem pressa!

Atravessando a rua você chega na famosa Facultad de Derecho. Confesso que nunca entrei no prédio, mas o exterior dele merece ao menos uma fotinho.

Ao lado está a Flor da Recoleta (Floralis Generica), que abre suas pétalas durante o dia e fecha à noite. Era o que eu mais queria ver quando cheguei a Buenos Aires e não me decepcionei!

Há alguns metros de distância fica o MALBA (Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires). As quadras que o separam da Plaza Francia são, possivelmente, as mais bonitas da cidade. A maioria dos edifícios pertence a Consulados e outras entidades do gênero. A variedade de estilos chama atenção e a conservação é impecável.

Quase ao lado do museu, fica o shopping Paseo Alcorta.
Depois pretendo abordar cada ponto destes separadamente, por enquanto FICA.DICA e um mapinha:

Não há est. de subte perto, a melhor maneira de chegar é de colectivo: 17, 61, 62 67, 92, 93, 110, 124 e 130.

Onde se hospedar em Buenos Aires e outras dicas - Parte I

Para quem vai passar alguns dias em Buenos Aires e quer maximizar a experiência, a melhor dica de hospedagem é: um hostel!! Não só por ser a opção mais econômica, mas especialmente pelo intercâmbio cultural que oferece. O hostel tem um ambiente muito mais informal, é frequentado por gente do mundo todo, as pessoas se aproximam, você vai ter companhia para se jogar na buatchy, além de conhecer mais coisas interessantes.

Escolhendo o bairro:

Como já havia dito aqui, Palermo e Recoleta são os melhores bairros para morar e, junto com o Centro, também são os melhores para se hospedar.

Palermo: é o bairro fashion, com suas lojas de grife, restaurantes da moda, bares e boliches badalados. A vida noturna é um grande diferencial, além de pontos turísticos importantes, como: Jardim Japonês, Zoo, Rosedal, etc.

Recoleta: possui um combo de atrações turísticas, como a feira e as galerias da Plaza Francia, o famoso cemitério e principalmente os melhores museus de Buenos Aires. Seus restaurantes e pubs são tão legais quanto os de Palermo.

Centro: é o mais abastecido por meios de transporte. Todas as líneas de subte partem do Microcentro. Além disso, concentra as melhores casas de câmbio e ao menos uma agência de cada banco, sem contar com a Calle Florida, Casa Rosada e Obelisco.

San Telmo: é um bairro turístico e cheio de hostels. Sua principal atração é a feira da Plaza Dorrego, que acontece aos domingos, além das inúmeras casas de tango.

A escolha do lugar depende do seu roteiro de viagem. Se você vai sozinho, descarte San Telmo, não é um bairro dos mais seguros, especialmente quando escurece. O mesmo vale para o Centro, que durante o dia é uma muvuca e à noite um deserto. Quem quer aproveitar a vida noturna deve ficar em Palermo ou na Recoleta.
Também é fundamental estar perto de uma est. de subte, que é o meio de transporte mais prático e rápido.

Escolhendo o hostel:
Cheguei em Buenos Aires direto para morar, sendo assim, não tenho experiência com os hostels da cidade. Mas pesquisei e ouvi várias opiniões, para montar a lista dos hostels mais bem falados (por seus ex-hóspedes, é claro!):

• Milhouse: Av. de Mayo 1245 e Hipólito Yrigoyen 959 - ambos no Centro.
• Hostel Suites Obelisco: Av. Corrientes 830 - Centro.
• Sudamerika Hostel: Hipólito Yrigoyen 951 (Centro) e J. Uriburu 1287 (Recoleta).
• Hostel Suites Florida: Calle Florida 328 - Centro.
• Che Lagarto: Venezuela 857 - San Telmo.
• America del Sur: Chacabuco 718 - San Telmo.
• Hostel Suites Palermo: Charcas 4752/4760 - Palermo.
• Hostel Estoril: Av. de Mayo 1385, 1º piso - Centro.
• Petit Recoleta: J. Uriburu 1183 - Recoleta.

É preciso levar em conta que cada um tem seu estilo, o Milhouse promove festas quase que diariamente, o America del Sur já tem uma estrutura mais de hotel, enquanto o H.S. Florida é super movimentado, etc.
Uma vaga nos dormis custa cerca de 12 a 16 dólares por noite.

ALERTA IMPORTANTE:
Não importa onde você se hospede, tenha sempre muito cuidado com seus pertences!! Jamais deixe qualquer objeto largado pelo quarto, mesmo que seja algo de pouco valor, mantenha sempre tudo trancado no seu locker ou na sua mala, com cadeado. Você não está na sua casa!! Não seja ingênuo, não importa o quão simpático é o seu colega de quarto, não importa se você viajou com amigos ou se está num quarto só seu, até a camareira pode te furtar!! Seja paranóico!! Todo dia entra e sai uma enorme quantidade de gente dos hostels, se você for furtado, nunca vai descobrir quem foi e muito menos vai recuperar as suas coisas.
Sempre é melhor prevenir e não custa muito esforço, né?!

Dicas básicas para marinheiros de 1ª viagem em Buenos Aires

Sendo este o post inaugural do blog, achei que seria conveniente listar algumas informações básicas para aqueles que desejam morar ou fazer turismo na Argentina.

1. Câmbio*: traga reais e troque no Banco Piano ou nas casas de câmbio da Av. Sarmiento com San Martin - é onde se oferece a melhor cotação - Se você possui um cartão internacional, poderá sacar em qualquer caixa eletrônico que possua a placa Link ou Banelco, mas não é um bom negócio, pois os saques são feitos em pesos e se perde um dinheiro considerável na conversão. Além disso, a taxa por cada saque custa cerca de 17 pesos.

2. Custo de vida:** é a questão primordial. E todo mundo sempre responde: - Depende! E depende mesmo, mas eu diria que com no mínimo R$ 1.500 é possível viver bem (sem extravagâncias) na Capital Federal. Já na Gran Buenos Aires e no interior os custos diminuem consideravelmente. Contudo, devo ressaltar, que dentro desse valor não estão computados os custos com universidade e outros cursos.
3. Moradia: é o que encarece viver em Buenos Aires. A princípio, o mais econômico é viver numa residência de estudantes/hostel, o que custa em média Ar$ 1.000 por mês. Alugar um apartamento sozinho, é inviável para a maioria das pessoas, pois além de ser muito burocrático para estrangeiros, os valores são altos. A melhor opção é buscar por alguém que já esteja instalado no imóvel e necessite outra pessoa para dividir as despesas. O site mais aconselhável de busca é o: http://www.compartodepto.com/. Bairros como Palermo, Recoleta e Belgrano são os mais caros, mas também os mais bonitos e seguros. Já San Telmo, Constitución e La Boca são mais baratos e conseqüentemente mais feios e perigosos.
4. Transporte***: compre uma GUIA T assim que chegar na cidade. Nela estão mapeados todos os meios de transporte. O subte (metrô) é a melhor opção, você pode percorrer uma línea, de ponta a ponta em apenas 25 minutos. Porém, à noite prefira os colectivos, que são super seguros até mesmo na madrugada.

Outras observações:

Pode-se dizer, que Buenos Aires é uma cidade que se divide em blocos. Muitos pontos turísticos  se aglomeram numa quantidade considerável de espaço.Portanto, traga sapatos confortáveis, já que você vai andar muito a pé.

Não se precipite ao escolher onde morar. Pesquise na internet, faça uma lista, se hospede em qualquer lugar por alguns dias e visite suas opções pessoalmente. A maioria dos lugares é bem mais bonita pelo site, além disso, alguns serviços anunciados pelos hostels são conversa fiada.

Lembre-se sempre de que Buenos Aires é uma cidade de construções antigas, sendo assim, as baratas se acham as donas do lugar, portanto confira bem a higiene dos lugares, principalmente se for comer em algum restaurante da Corrientes.(falo por experiência própria)

PS: Isso é apenas uma introdução, cada assunto será aprofundado com o tempo, incluindo dicas de compras, gastronomia, pontos turísticos e cultura em geral.

Espero que seja útil!

ATUALIZAÇÃO: (16/06/2011)

*É possível acompanhar diariamente a cotação de várias moedas, nas melhores casas de câmbio de BsAs, pelo site: http://www.dolarhoy.com/

A melhor cotação geralmente é a do Banco Piano. Este, possui uma sucursal no Hotel Sheraton (San Martin 1225/1275 - Retiro), que funciona de segunda à sexta das 08:00 às 20:00hs e nos feriados das 09:00 às 20:00hs. \0/\0/\0/

** A inflação na Argentina é bastante alta - leve isso em consideração na hora de fazer um orçamento - Mesmo com a valorização do real, a sua verba pode não cobrir os gastos daqui a 6 meses.

***O transporte público em Buenos Aires além de muito eficiente, é barato. Ex:

Subte: Ar$ 1,10

Colectivo: Ar$ 1,20 (é uma média, o preço depende da distância) - só se paga com moedas!!

Tren: Ar$ 1,10 (tb depende da distância)

Taxi: Ar$ 30,00 (dificilmente vc pagará mais do que 50 pesos) - só tome os oficiais (preto com amarelo)

É fundamental pagar o taxi sempre com notas de menor valor, se possível no valor exato da corrida, para evitar o troco, pois atualmente há uma grande quantidade de notas falsas sendo distribuídas por taxistas!!