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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As Divas do Novo Cinema Argentino - Parte I: Diretoras

O cinema argentino BOMBA! E isso não é novidade há tempos. Então, resolvemos listar algumas mulheres da nova geração que estão fazendo filmes de qualidade.


       LUCRECIA MARTEL:
Alguns críticos a consideram como o maior nome do cinema argentino atualmente, à frente do ‘oscarizado’ Campanella. E isso se deve, primordialmente, à sua elaborada ‘puesta em escena’.
Martel deixou Buenos Aires  de lado para colocar Salta no mapa. Além disso, ela consegue como ninguém, criar ambientes ‘claustrofóbicos’, que sustentam uma expectativa permanente no ar.
Essa marca, estampada em La Ciénaga [O Pântano], se repete em La Niña Santa La Mujer Sin Cabeza (confesso que este ainda não vi). Mas pela estréia de pop star em 2008, posso afirmar que não se trata de uma diretora cult, musa de pseudo-intelectuais. E sim, de um talento nato, de uma realizadora de cine original e de qualidade, que adquiriu um status merecido.
Longas:
  • La Mujer sin cabeza (2008)
  • La Niña Santa (2004) - produzido pelos irmãos Almodovar *_*
  • La Ciénaga (2001) - o melhor!

 ALBERTINA CARRI:
Filha do diretor Alberto Carri, começou a filmar em 2001. Seu primeiro longa foi ‘No Quiero Volver a Casa', mas o reconhecimento só surgiu com seu segundo projeto, o documentário ‘Los Rubios’ [Os Loiros], que trata do tema da ditadura. Este, é até hoje o mais importante trabalho da cineasta.
Géminis e La Rabia são longas de ficção e, apesar da diferença de contexto social, ambos têm como pilastra assuntos polêmicos, como o incesto e a violência doméstica. Aliás, é a escolha por temas delicados, que constituem o diferencial na obra de Carri.
Longas:
  • La Rabia (2008)
  • Géminis (2005) - é mais a cara do N.C.A.
  • Los Rubios (2003)
  • No Quiero Volver a Casa (2001)
LUCÍA PUENZO:
Também filha de um diretor argentino, neste caso,  Luis Puenzo, fez sua estréia no mundo dos longa-metragens com o premiado ‘XXY’.
Nota-se, que antes de estrear como diretora, Lucía já era uma roteirista de respeito, tendo escrito 'La Puta y la Ballena', de 2004, entre outros.


Longas:
  • El Niño Pez (2009) - só pela fotografia já vale a pena!
  • XXY (2007) - com o selo de qualidade Ricardo Darín.

Ambos foram protagonizados pela atual queridona do cinema argentino, a atriz Inés Efron (que logo vai ganhar um post só seu aqui no blog).

CELINA MURGA: 
É casada com o também cineasta, Juan Villegas. Enquanto um está dirigindo, o outro se encarrega da produção.
Ela costuma dar aula na minha ex-escola de cinema, mas nunca tive sorte de ser sua aluna. Aliás, só fui saber disso em pleno BAFICI de 2008, quando ‘Una Semana Solos’ estava estreando. Esta, com certeza é uma pedida fácil para quem amou o overrated ‘Valentín’. Contudo, é um filme menos terno e muito mais interessante. A identificação é um fator chave, não há como não se ver em alguma daquelas crianças ou situações.
Longas:
  • Una Semana Solos (2008)
  • Ana y los Otros (2006)
  • Interior - Noche (1999)
É importante destacar que, em 2008, Celina Murga foi selecionada pelo projeto Rolex Mentor and Protege, no qual um júri elege um artista emergente de qualquer parte do mundo para ser apadrinhado por um mestre. No caso, a cineasta foi escolhida pessoalmente por Scorsese e passou cerca de 1 ano e meio trabalhando com ele na realização e pós-produção do filme 'Shutter Island'. (mto chic!!)

3 comentários:

  1. Olá!
    Nossa.. eu ficarei muito feliz qndo visitar a Argentina.. esse negocio de rivalidade com Brasil é balela... besteira!

    Bjao

    conheça: http://umnovomundo.org

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  2. O cinema argentino bomba mas continua sendo negado no Brasil. ¬¬

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